quarta-feira, 20 de agosto de 2014

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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Entrevista Ana Beatriz Barbosa Silva

"Eu me achava uma burra"

A psiquiatra conta como sofreu com o déficit de atenção 
na infância e como aprendeu a conviver com o transtorno 
que atinge 6% da população em idade escolar


Silvia Rogar
Oscar Cabral
"No início da adolescência, bateu uma vontade enorme de mudar. Eu decidi ficar retraída, quieta, para não errar"

A psiquiatra carioca Ana Beatriz Barbosa Silva, 43 anos, especializou-se em traduzir para uma linguagem acessível o universo misterioso dos transtornos mentais. Seu último livro, Mentes Perigosas, apresentou as muitas faces dos psicopatas e há 44 semanas faz parte da lista dos mais vendidos de VEJA. Ela já havia feito uma primeira incursão vitoriosa. Seu Mentes Inquietas,sobre o transtorno do déficit de atenção (TDA), vendeu 200 000 cópias e está sendo relançado. Nesta entrevista, Ana Beatriz fala de sua experiência, da importância do diagnóstico precoce e afirma que, embora não tenha cura, o transtorno permite uma vida normal e criativa.
Como a senhora descobriu que tem o transtorno do déficit de atenção? 
Eu já estava no 3º ano da faculdade de medicina. Tinha 19 anos. Fui a um seminário em Chicago sobre depressão. Consegui errar tudo: cheguei um dia e uma hora atrasada para a primeira aula. Como não apareci, minha inscrição foi cancelada. A atendente da faculdade viu meu desespero e disse que eu poderia me transferir para outro curso, com início naquele dia. O professor era John Ratey, papa do déficit de atenção. Ele começou a detalhar o transtorno e pensei que estivesse falando sobre mim. Chegou a ser incômodo. Quando a aula acabou, fui atrás dele conversar sobre meu comportamento desde a infância. No dia seguinte fiz um teste que revelou que eu tinha TDA em grau grave. Ele então me disse: "Sobreviver, você já sobreviveu. Sabe se virar, frequenta uma boa faculdade. Mas você mata um leão por dia". Comecei então o tratamento. 
Foi um divisor de águas. Senti-me como um míope que põe o primeiro par de óculos e percebe que o mundo é cheio de detalhes. Usei a medicação por cinco anos consecutivos. Hoje, quando escrevo um livro, volto a tomá-la no último mês. É a hora em que junto todas as informações e preciso ter mais senso crítico.
O que provoca o TDA?A pessoa que tem o transtorno nasce com uma alteração no funcionamento do lobo frontal. Essa seção do cérebro é um maestro do comportamento humano, uma área em que se cruzam sistemas neurais ligados à razão. Entre outras ações, regula a velocidade e a quantidade de pensamentos. No TDA, esse filtro funciona com eficiência menor. O resultado é a hiperatividade mental e, consequentemente, a perda de foco, de objetividade. Quem nasce com TDA não tem problema de inteligência, mas de administrar o tempo, fixar a atenção, dar continuidade ao que inicia. O transtorno é muito mais comum do que se imaginava. Segundo a Associação de Psiquiatria Americana, 6% da população em idade escolar tem esse padrão de funcionamento mental nos Estados Unidos. No Brasil, as pesquisas apontam uma média próxima a essa.
O que provoca essa alteração do funcionamento do cérebro? 
É um transtorno químico, causado pela baixa de dois neurotrasmissores: a dopamina e a noradrenalina. Essa alteração diminui a ação filtrante do lobo frontal. A genética já mostrou ter papel importante, mas fatores externos acabam interferindo na evolução do transtorno. Se não é cercada por uma organização mínima, a pessoa pode ter sérios prejuízos em sua qualidade de vida.
"Quem tem TDA presta muita atenção naquilo que desperta seu real interesse. Por isso, é injusto falar de déficit de atenção. O que existe é uma atenção instável"
Como o transtorno interferiu em sua trajetória pessoal? 
Sempre achei que havia algo errado comigo. Na escola, tinha horror a ditado. Meu coração disparava: sabia que precisava prestar atenção ao que a professora dizia e, simultaneamente, observar se não estava cometendo erros ao escrever. Nessas horas, eu me sentia a criança mais burra da sala. Fora do colégio, também sofria. Uma vez meu pai, que é professor, corrigiu tanto meu diário que botei fogo nas páginas depois. Vivia com as pernas roxas de tanto cair e bater nos móveis. Meu armário era uma bagunça absurda. Tenho uma irmã cinco anos mais velha, centrada, organizada. Durante muito tempo, dei a ela parte da minha mesada para que arrumasse meu armário. Todas as vezes que minha mãe reclamava comigo, eu concordava, entendia que ela tinha razão. Mas eu não sabia como tudo isso acontecia. No início da adolescência, bateu uma vontade enorme de mudar. Eu era uma criança falante e me fechei. Fiquei retraída, quietinha, para não errar. Vivia no meu quarto, lendo. Isso foi dos 12 aos 16 anos. Na infância me chamavam de pinga-fogo, porque eu não parava. Na adolescência, quando me tranquei, virei Bia Sid (de sideral). Às vezes, achava que era burra. Por outro lado, sabia que tinha conhecimento e imaginação. Acabava o dia com dor de cabeça de tanto pensar. Era uma angústia.
Mas a senhora hoje é uma psiquiatra bem-sucedida. Como conseguiu isso?
O diagnóstico foi libertador. Passei a me observar. Com a medicação, comecei a fazer mais rápido o que antes demandava muito esforço. Foquei na psiquiatria. No meu trabalho, nada me escapa hoje. Tenho um filme na cabeça sobre cada paciente. Quem tem TDA presta uma atenção acima da média naquilo que desperta seu interesse verdadeiro. É o que a gente chama de hiperfoco. Por isso, acho injusto falar de déficit de atenção. O que existe é uma atenção instável. 
O menino com TDA pode sofrer na escola, mas desenhar muito bem ou tocar piano de ouvido, se essa for a sua paixão. Por isso, é fundamental que os pais descubram os talentos do filho e o estimulem a fazer aquilo de que realmente gosta. Para quem tem TDA, isso funciona como remédio.
Como sua família enfrentou o problema? 
Minha mãe creditava meu comportamento a falhas do método pelo qual fui alfabetizada. Meu pai achava que era preguiça. Mas eles eram compreensivos, porque sabiam que eu não fazia nada de propósito e era honesta, sincera, assumia os erros. Voei de bicicleta no carro do vizinho e meu pai pagou o conserto sem reclamar. Quando eles buscaram um diagnóstico para meu comportamento, os médicos disseram que eu tinha uma disritmia e me passaram um remédio. Devido à sonolência que causou, parei logo de tomar essa medicação. Ainda bem.
Por natureza, as crianças costumam ser agitadas e inquietas. Quando os pais devem desconfiar que o filho sofre do transtorno? 
Na infância, desatenção e impulsividade são normais. Mas, em geral, estão relacionadas a algum motivo específico: porque a criança dormiu mal, está preocupada com alguma coisa, apaixonou-se pela primeira vez. O que acontece é que uma criança com TDA tem esse comportamento de maneira constante e mais intensa. Ela já nasce com o cérebro funcionando dessa maneira e, antes dos 7 anos, é possível perceber isso. Na infância, existe uma profusão de sintomas – e não são notas baixas. O lençol não para na cama porque a criança se mexe demais durante a noite. Também pode falar dormindo. Os professores mandam recados dizendo que aquele aluno é extremamente inteligente, mas isso não se traduz nas avaliações. A criança também é excluída das brincadeiras na escola, porque tem dificuldade de esperar a vez nos jogos em grupo e manter a atenção nas tarefas. Olhar a agenda e os cadernos também ajuda muito: eles refletem a organização do pensamento e como a criança anota as observações que professores fazem durante as aulas. A condição fundamental para o diagnóstico de TDA é a hiperatividade mental. Ninguém adquire TDA ao longo da vida. Quem tem o transtorno já nasceu com esse tipo de funcionamento cerebral. É o histórico que leva ao diagnóstico preciso.
"Quando tive o diagnóstico e comecei o tratamento, eu me senti como um míope que põe o primeiro par de óculos e percebe que o mundo é cheio de detalhes"
Como foi sua vida escolar? 
Nunca repeti ano. Conseguia passar nas provas finais ou na recuperação. Nessa hora, meus pais assumiam uma função, digamos, mais executiva. Eles me ajudavam a me organizar, e aí eu estudava como louca. Quando existe planejamento, vai tudo bem com a pessoa que tem TDA.
O que a senhora aconselha a quem descobre que o filho tem TDA? 
A primeira coisa é ver o grau de sofrimento dessa criança, o nível de desconforto. É preciso ir à escola conversar com professores, ouvir a babá. A partir daí, dar oportunidade à própria criança para que ajude no tratamento, participe. Tenho um paciente que enlouquecia a família. Depois de usar medicação por dois anos e ter uma melhora estupenda, ele disse: "Já tenho noção de como é meu cérebro funcionando da maneira que tem de ser e queria parar de tomar o remédio, tentar do meu jeitinho". Ele ganhou uma percepção de seu comportamento. Outra coisa que os pais devem entender é que ser justo em questão educacional não é tratar os filhos todos da mesma maneira. Eles têm de ver o que cada um precisa. No caso do TDA, é fundamental dar ênfase à disciplina. Inclusive com a mesada. Como ele tende a gastar tudo de uma vez, o dinheiro tem de ser liberado aos poucos, para criar um limite e cumpri-lo. Com meus pacientes, por exemplo, costumo assinar um contrato toda vez que quero alguma coisa. Sempre funciona.
A senhora conta a seus pacientes no consultório que tem TDA? 
Sim, e principalmente as crianças ficam muito aliviadas. Outro dia atendi um paciente que batia a cabeça na parede. A mãe pensou que o filho estivesse louco. E eu disse a ele: "É para tentar parar o excesso de pensamento, né? A cabeça pesa mesmo, mas não é assim que vai melhorar". Ele ficou impressionado porque eu entendia exatamente o que ele estava sentindo. No livro, publiquei experiências minhas com nomes trocados. Como as da estudante de fonoaudiologia que achava que tinha alguma falha de caráter porque se distraía nas aulas, pegava cadernos emprestados com amigas, tirava notas boas e se achava uma fraude.
Quais são as tendências mais modernas no tratamento do transtorno? 
Antes, só existia o metilfenidato (a Ritalina). Mas 15% dos pacientes não respondem bem a ele. É uma substância que surte efeito quando a desorganização e a falta de foco são os fatores que mais atrapalham a vida. Ao longo desta década, a bupropiona, substância usada no tratamento para parar de fumar, mostrou-se muito eficiente também para TDA. A atomoxetina, um tipo de antidepressivo, também passou a ser usada – principalmente nos casos em que depressão e ansiedade se manifestam junto. Costumo dizer que a melhor medicação é a eficaz com a menor dose. Mesmo no tratamento de adultos, começo com dose de criança. E avalio o tratamento complementar necessário. A terapia cognitivo-comportamental tem-se mostrado muito eficaz.
Existe prescrição exagerada de medicamentos hoje? 
Sim. Não se deve prescrever remédio de TDA em um momento de desatenção ou para aumentar a concentração no ano de vestibular, por exemplo. O excesso de informação pode levar o cérebro à exaustão, e a pessoa fica sujeita a distrações, falhas de memória. Mas isso é fruto de uma sobrecarga circunstancial. Quando acaba, os sintomas desaparecem. O que acontece é que, por desinformação, alguns pais solicitam a medicação antes de uma investigação cuidadosa sobre o funcionamento mental do filho. Em quem não tem TDA, o remédio cria um efeito falso, dá apenas vigor numa situação de cansaço extremo.
TDA tem cura?
Não tem cura, mas há grandes chances de um final feliz. No momento em que você entende sua engrenagem, passa a dominá-la em vez de ser dominado por ela. Aí pode até levar vantagens. O excesso de pensamento – que causa exaustão, desorganização e esquecimento – também traz ideias. Existem ideias boas e más. O grande aliado de quem sofre de TDA é um caderninho. Em qualquer lugar, eu anoto pensamentos que já deram origem a capítulos de livros. Mesmo para ideias sem sentido, é vital ter organização. Dali pode sair algo realmente inovador.

  Revistas  VEJA »  Edição 2132 / 30 de setembro de 2009

Superação

Bullying? 




O que é Bullying? 

Tudo que você precisa saber sobre essa forma de violência!



Maurício Ricardo participa de campanha contra o bullying




Refletindo sobre o Bullyingwmv.wmv




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???


" Não ao Bullying "- Vencedor 1º lugar projeto Fala 2010




Reportagem  sobre 

Vítimas de bullying (Bully) (Zangief Kid) - 27/03




O garoto que superou o Bullying e cantou sobre isso (Bars & Melody) [B.A.M] LEGENDADO PT-BR





Linda Mensagem sobre Bullying na escola! 

(Legendado) 2014.



O que fazer se estou sofrendo bullying?





Bullying


















De origem inglesa, a palavra bullying corresponde a um conjunto de atitudes de violência física e/ou psicológica que ocorrem nas instituições de ensino. É um tipo de agressão intencional, que ridiculariza, humilha e intimida suas vítimas.
Algumas crianças, por serem diferentes de seus colegas --altos ou baixos demais, gordinhos ou muito magros, tímidos, nerds, mais frágeis ou muito sensíveis, sofrem intimidações constantes.
Discriminados em sala de aula, as vítimas de bullying, na maioria das vezes, sofrem caladas frente ao comportamento de seus ofensores. E as consequências podem ser desastrosas: desde repetência e evasão escolar até o isolamento, depressão e, em casos extremos, suicídio e homicídio. Segundo a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, mesma autora de "Mentes Perigosas" e "Mentes Inquietas", como é normal que as crianças impliquem uma com as outras, se deem apelidos e briguem de vez em quando, nem sempre é fácil identificar quando o problema aparece. Por isso, é preciso que pais e professores estejam atentos para que percebam quando brincadeiras sadias, que ocorrem de forma natural e espontânea entre os alunos, se tornam verdadeiros atos de violência e perversidade ou quando apenas alguns se divertem à custa de outros que sofrem.
Em "Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas", a Dra Ana Beatriz faz uma análise profunda sobre um dos tipos de violência cada vez mais noticiado, que precisa com urgência ser combatido. "Além de os bullies (os agressores) escolherem um aluno-alvo que se encontra em franca desigualdade de poder, geralmente este também já apresenta uma baixa autoestima. A prática de bullying agrava o problema preexistente, assim como pode abrir quadros graves de transtornos psíquicos e/ou comportamentais que, muitas vezes, trazem prejuízos irreversíveis."
"No exercício diário da minha profissão, e após uma criteriosa investigação do histórico de vida dos pacientes, observo que não somente crianças e adolescentes sofrem com essa prática indecorosa, como também muitos adultos ainda experimentam aflições intensas advindas de uma vida estudantil traumática", alerta a psiquiatria.
De forma acessível e muito esclarecedora, o livro faz uma investigação do problema, trazendo informações necessárias aos pais, professores, alunos e profissionais de diversas áreas para identificar esse tipo de violência e suas consequências, como também o que se pode fazer para combatê-la.




BULLYING: PERIGO NO TERRITÓRIO ESCOLAR
Autoria: Dra Ana Beatriz Barbosa Silva


* Dra Ana Beatriz Barbosa Silva (Médica Psiquiatra, CRM/RJ 5253226/7)
Desde a década de 80, na Europa, os pesquisadores da mente humana iniciaram a nobre tarefa de nomear determinadas condutas de jovens entre si, dentro de seus universos acadêmicos. Esses estudos fizeram a distinção entre as brincadeiras naturais e saudáveis, típicas da vida estudantil, daquelas que ganham requintes de crueldade e extrapolam todos os limites de respeito pelo outro. As brincadeiras acontecem de forma natural e espontânea entre os alunos. Eles brincam, "zoam", colocam apelidos uns nos outros, tiram "sarros" dos demais e de si mesmos, dão muitas risadas e se divertem. No entanto, quando as "brincadeiras" são realizadas repletas de "segundas intenções" e de perversidades, elas se tornam verdadeiros atos de violência que ultrapassam os limites suportáveis de qualquer um.
Além disso, é necessário entendermos que brincadeiras normais e sadias são aquelas nas quais todos os participantes se divertem. Quando apenas alguns se divertem a custa de outros que sofrem, isso ganha outra conotação bem diversa de um simples divertimento. Nessa situação específica, utiliza-se o termo bullying escolar, que abrange todos os atos de violência (físico ou não) que ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou alunos, impossibilitados de fazer frente as agressões sofridas.
O bullying tornou-se um problema endêmico nas escolas de todo o mundo. Um dos casos mais emblemáticos e com fim trágico ocorreu nos Estados Unidos, em 1999, no colégio Columbine High School, em Denver, Colorado. Os estudantes Eric Harris, de 18 anos e Dylan Klebold de 17, assassinaram 12 estudantes e um professor. Deixaram mais de vinte pessoas feridas e se suicidaram em seguida. A motivação para o ataque seria vingança pela exclusão escolar que os dois teriam sofrido durante muito tempo.
A palavra bullying, de origem inglesa e ainda sem tradução no Brasil, ainda é pouco conhecida do grande público. Se recorrermos ao dicionário encontraremos as seguintes traduções para a palavra bully: indivíduo valentão, tirano, mandão, brigão. Os bullies (ou agressores) são responsáveis por atitudes de violência física ou psicológica contra uma ou mais vítimas que se encontram impossibilitadas de se defender. Seja por uma questão circunstancial ou por uma desigualdade subjetiva de poder. Em geral um bully domina a maioria dos alunos de uma turma e "proíbe" qualquer atitude solidária em relação ao agredido.
Algumas atitudes podem se configurar em formas diretas ou indiretas de praticar o bullying. Porém, dificilmente a vítima recebe apenas um tipo de maus-tratos; normalmente, os comportamentos desrespeitosos dos bullies costumam vir em "bando". Assim, uma mesma vítima pode sofrer variadas formas de agressões tais como: verbal (insultar, xingar), física (bater, ferir), psicológica ou moral (humilhar, isolar), sexual (assediar, abusar) e virtual (ciberbullying) realizado através de celular e internet para difundir, de forma avassaladora, calúnias e maledicências.
Além de os agressores escolherem um aluno-alvo que se encontra em franca desigualdade de poder, geralmente este também já apresenta uma baixa autoestima. A prática de bullying agrava o problema preexistente, assim como pode abrir casos graves de transtornos psíquicos e/ou comportamentais que, muitas vezes, trazem prejuízos irreversíveis. No exercício diário de minha profissão, observo que não somente crianças e adolescentes sofrem com essa prática indecorosa, como muitos adultos experimentam aflições intensas advindas de uma vida estudantil traumática. Dentre esses problemas destaco: sintomas psicossomáticos (insônia, náuseas, tonturas etc.), transtorno do pânico, fobia escolar (medo intenso de frequentar a escola), fobia social (timidez patológica), ansiedade generalizada, anorexia, bulimia, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), esquizofrenia e, em casos mais dramáticos, homicídio e suicídio.
Como se não bastasse todo o sofrimento e adoecimento das vítimas, diversos estudos apontam para o fato de os agressores possuírem maior probabilidade de praticarem atos de delinquência e criminalidade. A maioria deles se comporta assim por uma nítida falta de limites em seus processos de educação. A ausência de um modelo educativo que associe autorrealização pessoal com atitudes socialmente produtivas e solidárias faz com que os agressores se sintam gratificados somente com atitudes egoístas e maldosas, que lhes conferem notoriedade e autoridade sobre os demais alunos. Outros adotam comportamentos transgressores por estarem vivenciando dificuldades circunstanciais em seus relacionamentos familiares (doenças graves, separação dos pais, morte de um parente querido etc.). Por fim, encontramos também uma minoria de jovens agressores que tenha a transgressão pessoal e social como base de sua personalidade. Suas atitudes expressam uma maneira de sentir na qual o outro tem a única função de lhe proporcionar diversão, status e poder.
Não há dúvida de que o fenômeno bullying estimula a delinquência e induz a outras formas explícitas de violência, capazes de produzir, em níveis diversos, cidadãos estressados, com baixa autoestima e reduzida capacidade de autoexpressão. Além disso, como já mencionado, as vítimas de bullying estão propensas a desenvolver doenças psicossomáticas, transtornos mentais leves e moderados e até psicopatologias graves.
É preciso ainda reiterar a interferência drástica que o bullying produz no processo de aprendizagem e de socialização de nossas crianças e jovens. Para algumas vítimas, mesmo após a interrupção do bullying, as consequências, advindas dessa violência, tendem a se propagar por toda uma existência em decorrência das experiências traumáticas difíceis de serem removidas da memória. Em caso mais graves, quando a violência é intensa e contínua, a vítima pode chegar a cometer suicídio ou atos de heteroagressão e autoagressão (homicídio seguido de suicídio).
Desta forma, os profissionais de educação, de saúde mental, de assistência social, da área do Direito (como juízes, promotores, delegados de polícia) e os agentes policiais devem adquirir o máximo de conhecimento sobre o fenômeno bullying. Somente dessa maneira, ao se depararem com o problema, poderão contribuir para a busca de soluções eficazes.
O diagnóstico do bullying deve ser feito o mais precocemente possível, em cada realidade escolar. A partir daí, é preciso se estabelecer um diálogo amplo entre todos os envolvidos em cada caso específico. Agir de forma rápida e coesa tem o objetivo nobre de evitar que os jovens envolvidos com os comportamentos bullying assimilem uma mensagem social equivocada de que os problemas podem ser resolvidos com violência ou com a anulação moral dos mais fracos.
A luta antibullying deve ser iniciada desde muito cedo, já nos primeiros anos de escolarização. A importância da precocidade das ações educacionais se deve ao incalculável poder que as crianças possuem para propagar e difundir ideias. Elas facilmente se transformam em agentes multiplicadores capazes de "educar", por vias alternativas, seus familiares e funcionários domésticos, criando-se assim um círculo vicioso no empenho pela paz.
Nessa luta épica, cujo cenário principal é a escola e os atores principais são os profissionais de educação, estão em jogo os bens mais preciosos da humanidade: a solidariedade, a tolerância, a justiça, a dignidade, a honestidade, a amizade, o respeito às diferenças e o amor ao próximo.
Para que essa batalha tenha um final feliz, devemos fortalecer nossos guerreiros: exigir políticas públicas e privadas que disponibilize recursos significativos para a formação intelectual, técnica, psicológica e pessoal de nossos educadores. Somente dessa forma eles poderão ter o comprometimento, o engajamento e a segurança de que necessitam para abraçar de corpo e alma essa causa heróica: educar nossas crianças e adolescentes para uma vida de cidadania plena, em que direitos e deveres, que hoje só existem no papel, sejam de fato exercidos e respeitados no dia a dia.
Fonte: livro "bullying: mentes perigosas nas escolas"








BULLYING

Começou a ser chamado de bullying na Noruega

4 tipos de agressores:
1- Porque quer se enturmar, ser popular, 
vai imitando padrao bem aceito ali naquela na escola
2- Não tem em casa educação que associe auto realização
a exercicio de solidariedade e altruismo
3- Passam por momentos delicados de agressividade por n motivos
aquela que está pontualmente agressiva (naquele momento)
4- Criança perversidade maior agressão a irmaos e familiares 
desrespeito de normas, e muita manipulação, muita maldade
que desde pequena é aquela que maltrata animais,
 maltrata em casa, maltrata professores, coordenadores...
Felizmente é a minoria.

Se há uma possibilidade de se moldar ou se adequar uma criança 
com essa indole é na infancia.
Uma educação de limites.






quinta-feira, 7 de agosto de 2014

O Pai que Teme a Deus

O Pai que Teme a Deus

Ser pai certamente não é fácil e nem sempre é tranquilo ou agradável.  É uma grande responsabilidade e isso acarreta deveres, obrigações e dificuldades.  Mas, ser pai também é um nobre chamado e um presente de Deus: “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão” (Salmo 127:3).  É um privilégio educar os filhos no temor e na disciplina do Senhor, conduzindo-os ao conhecimento de Deus.

É muito importante que pensamentos, desejos, atitudes e expectativas de um pai sejam sempre comparados às verdades e aos princípios bíblicos.  Caso contrário, o pai se deixará levar por apelos egoístas e enganosos do coração, e por valores invertidos e corruptos da cultura ao seu redor.  Por isso somos exortados: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2).

É comum os pais pensarem que o mais importante para a família é a força física, a inteligência e os recursos materiais.  Então, investem seu tempo e dinheiro apenas em educação, alimentação, saúde e bem-estar dos filhos, ignorando que: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (Salmo 127:1).

Os pais precisam se lembrar que: “Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor, que em seus mandamentos tem grande prazer.  Não temerá maus rumores; o seu coração está firme, confiando no Senhor” (Salmo 112:1, 7).

Deus conhece as necessidades, as crises e os desafios que os pais enfrentam.  Por isso, gostaríamos de encorajar você a viver pela fé: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal” (Provérbios 3:5-7).




Foto: BERLIN LOVES BOWIE

“Somebody plays my song in tune...”

Extraordinary amount of press covering the current run of David Bowie is in Berlin. Pictured here are a few of the front covers, and as you’ve no doubt noticed our headline is the translation of the zittyBERLIN exclamation.

An interesting item came with the May issue of German Rolling Stone (http://smarturl.it/GermanRS) in the shape of a cover-mount CD accompanying the 8-page feature inside.. 

The CD features ten exclusive Bowie covers and very good it is too. Here’s the tracklisting... 

DAVID BOWIE - RECOVERED

01 - Lambert – Art Decade 
02 - King Khan & The Shrines – Suffragette City
03 - Chuckamuck – Rock ‘N’ Roll Suicide 
04 - Erfolg – Fame 
05 - Phia & Josh – As The World Falls Down
06 - Brace / Choir – Candidate (Demo Versions)
07 - Kool Thing – Station To Station 
08 - Emika – Let’s Dance (Shoklee-Emikaized Version)
09 - Andrea Schroeder – “Helden” (Radio Edit)
10 - Mary Ocher – Where Are We Now?

We had the good fortune to attend the Berliner Festspiele Bowie Day (http://smarturl.it/BowieDayBerlin) last weekend, during which the majority of the bands on the CD performed at the evening gala on Sunday. 

Below is the full line up of the presentation with bands marked thus* that played at the gala, but sadly weren’t on the CD. 

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Chuckamuck – Rock ‘N’ Roll Suicide
Kool Thing – Station To Station
Auf – “Helden”
Lambert – Art Decade

Fashion show from the participants of the workshop “MGB Impuls²” of the Martin-Gropius-Bau.

Gemma Ray – The Man Who Sold The World *
Black Cracker – Changes *
Erfolg – Fame

Short video clip compilation of the social media action “Cover your favourite David Bowie song” (View the full length videos here: http://smarturl.it/BowieCoveredVids) 

Mary Ocher – Where Are We Now?
Emika – Let’s Dance 
Jemek Jemowit – DJ *

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The ten artists played to a very appreciative audience and generally tried a different approach to the Bowie songs than you might expect. 

We hope to bring you a more in-depth report with pictures shortly.